"A taxa de positividade do Sars-CoV2 é baixa entre os bebés nascidos de uma mulher infectada" com o coronavírus, da ordem de 2%, resumiu este trabalho, publicado no British Journal of Medicine.
Este estudo é importante porque é um dos primeiros desta proporção que estabelece a questão da transmissão da covid-19 por via intrauterina.
Tratou-se de uma meta-análise, que compilou os resultados de centenas de estudos pré-existentes, e que permite a priori tirar conclusões firmes.
Não se descarta que uma mulher grávida possa transmitir a doença para seu bebé, mas este é um fenómeno raro.
A percentagem de 2% deve ser tomado com precaução porque apresenta variações em função das circunstâncias. É mais frequente que um bebé seja infetado quando a mãe sofreu a forma grave da COVID-19, em particular quando há necessidade de hospitalização.
Nos casos de doença grave, os especialistas recomendam que os bebés sejam sistematicamente submetidos a exames. Mas rejeitam - por considerar pouco adequada - "a separação do bebé e da mãe no nascimento" simplesmente porque a mãe testou positivo. Também não há risco de transmissão do coronavírus pelo leite materno.
"No seu conjunto, as conclusões deste estudo parecem tranquilizadoras", avalia, em editorial publicado na mesma revista, a cientista Catherine McLean Pirkle, que não participou do estudo.
Os dados deste mega-estudo são consideráveis, mas de qualidade desigual, adverte a investigadora. Em particular, não permitem esclarecer até que ponto os casos raros de COVID-19 em bebés representam um risco grave para sua saúde.
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