"O mundo está mais preparado, mas não o suficiente", disse hoje Chan na abertura da Assembleia Geral da Saúde (22 a 31 de maio), na véspera da eleição do seu sucessor. "Prometi trabalhar incansavelmente e foi o que fiz", ressaltou.
Em janeiro, Margaret Chan lançou a criação de um grupo de trabalho encarregado de realizar um novo sistema para "desenvolver vacinas a um custo acessível para agentes patogénicos prioritários identificados pela OMS". "A cronologia do VIH, da tuberculose e das epidemias da malária indicam relações diretas e existentes entre as mudanças nas estratégias técnicas da OMS e a transformação na situação da doença", afirmou.
A OMS foi criticada recentemente pelos seus gastos excessivos em luxos e viagens.
Doenças negligenciadas
No discurso hoje, Margaret Chan também elogiou o trabalho da OMS na luta contra doenças tropicais negligenciadas, o que permitirá eliminar um grande número destas num "futuro muito próximo".
A respeito disto, recordou o trabalho da OMS na luta contra o vírus Ébola no oeste africano. A terrível epidemia atingiu esta área do planeta entre o final de 2013 e 2016 e causou mais de 11.300 mortos entre os cerca de 29.000 casos relatados. Mais de 99% destes casos foram detetados na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa.
15 doenças que ainda não têm cura
"A OMS foi capaz de controlar as três estirpes dar ao mundo a primeira vacina contra o Ébola, o que representa uma proteção importante. Isto aconteceu sob a minha supervisão e eu sou pessoalmente responsável", disse.
Durante a epidemia, a OMS foi criticada pela falta de decisão contra a gravidade da crise, já que o organismo levou vários meses para declarar guerra contra o Ébola. Nesta segunda-feira, Chan reconheceu que "o surto apanhou todos, incluindo a OMS, de surpresa."
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