1. Porquê EG.5?
A EG.5 da COVID-19 (ou “Éris”, como é também conhecida não oficialmente, em alusão a um dos maiores planetas anões do nosso sistema solar e da deusa grega do caos) é uma nova subvariante da Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou como de interesse, o que significa que os países devem segui-la com mais atenção do que outras variantes devido a mutações que podem torná-la mais contagiosa.
2. Onde surgiu?
Surgiu na China em fevereiro deste ano, sendo agora dominante naquele país asiático. Sublinhe-se que, a 9 de agosto último, a OMS avaliou a EG.5 como de baixo risco a nível global para a saúde pública, à semelhança de outras subvariantes. Até à data indicada, a EG.5 foi detetada em perto de 50 países, entre eles os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Canadá, Austrália, Singapura, França, Portugal e Espanha.
3. Como se deu esta mutação?
A EG.5 tem uma nova mutação numa das suas proteínas (a parte que facilita a entrada do vírus na célula hospedeira) que pode potencialmente escapar a parte da imunidade adquirida após uma infeção ou vacinação.
4. É mais grave do que variantes anteriores?
“Não tenho conhecimento de dados que sugiram que EG.5 origina casos mais graves de COVID-19 em comparação com subvariantes anteriores”, afirmou Scott Roberts, especialista em doenças infeciosas da Yale Medicine, citado por aquela instituição. Mas os primeiros relatórios revelam que o EG.5 está a disseminar-se mais rápido do que qualquer outra variante atualmente em circulação.
Ainda de acordo com a OMS, até o momento, não há registo de aumento da gravidade da doença em pessoas infetadas pela subvariante EG.5. "O risco à saúde pública está avaliado como baixo a nível global, semelhante ao risco de outras subvariantes atuais de interesse", avalia a organização.
5. Quais os sintomas?
Não diferem daqueles que encontramos em subvariantes anteriores, nomeadamente a febre, fadiga, tosse, perda do paladar ou do olfato, dor de cabeça e de garganta, erupções cutâneas e irritação ocular.
Recorde-se que, de acordo com dados avançados pela agência Lusa a 11 de agosto, "entre 10 de julho e 6 de agosto foram reportados cerca de 1,5 milhões de casos, um aumento de 80% em relação aos 28 dias anteriores, relatou o informe semanal da OMS. O número de mortos caiu 57% e ficou em 2.500. A OMS alertou que estes números não refletem a situação real, já que os testes de diagnóstico e o monitoramento da pandemia despencaram. Na região do Pacífico Leste, as infeções aumentaram em 137% no último mês, acrescentou a organização. As autoridades sanitárias nos Estados Unidos, Reino Unido, Índia, França e Japão também anunciaram altas nos casos, embora moderadas".
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