9 de abril de 2013 - 17h36
Investigadores espanhóis e britânicos descobriram que mutações herdadas no gene BRCA1 e BRCA2 conferem maior probabilidade de ter um cancro da próstata e uma menor possibilidade de sobreviver a este tipo de cancro.
No estudo, publicado na edição digital da revista Journal of Clinical Oncology, participaram do lado espanhol cientistas do Centro Nacional de Investigações Oncológicas (CNIO), segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
À procura de indicadores genéticos que dessem pistas sobre a evolução da doença, os investigadores examinaram 61 doentes com cancro da próstata e portadores de mutações no gene BRCA2 – gene ligado à supressão de tumores que protege o ADN – e 18 com mutações no gene BRCA1 – com função semelhante ao anterior.
Foram igualmente examinados 1.940 doentes sem mutações naqueles dois genes, informou num comunicado o CNIO, adiantando que o estudo é o maior realizado até hoje com doentes de cancro da próstata e mutações nos referidos genes.
A investigação mostrou que os portadores de mutações num ou noutro gene tinham mais probabilidades de apresentar um cancro da próstata avançado no momento do diagnóstico, assim como de desenvolver metástases.
Elena Castro, uma das autoras do artigo científico, constatou que os dados indicam que o gene BRCA2 é o primeiro fator genético para o prognóstico do cancro da próstata.
Em relação ao gene BRCA1 o número de pacientes da amostra foi considerado insuficiente para tirar conclusões.
A descoberta do papel da mutação no BCRA2 permite fazer um prognóstico mais adequado, disse Elena Castro à EFE.
Lusa