Segundo um trabalho divulgado hoje na publicação científica “ACS Applied Materials & Interface” o hidrogel impresso em 3D move-se e muda de forma quando ativado por eletricidade, podendo andar para a frente e recuar e agarrar e mover objetos, disse um dos autores da investigação.

Howon Lee adiantou que a criação aquosa pode levar à criação de robots flexíveis, imitando animais marinhos como o polvo, que podem andar debaixo de água e movimentar objetos sem os danificar.

O novo material pode também impulsionar a criação de corações artificiais, estômagos artificias e outros órgãos e músculos, bem como dispositivos para diagnosticar doenças, detetar e distribuir drogas e fazer inspeções subaquáticas.

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Uma esperança na medicina

“O nosso gel inteligente impresso em 3D tem um grande potencial em engenharia biomédica porque se assemelha a tecidos do corpo humano que também contém muita água e são muito moles”, disse Howon Lee, autor sénior do estudo e professor do departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial.

Materiais moles como o gel inteligente são flexíveis, muitas vezes mais baratos de produzir que materiais duros e podem ser miniaturizados, adiantou.

Os hidrogéis, que se mantêm sólidos apesar de conterem 70% de água, são encontrados no corpo humano e, por exemplo, em fraldas, lentes de contacto ou gelatina.

O processo de criação do gel inclui a projeção de luz numa solução sensível à luz e a imersão em água salgada. Segundo os responsáveis a velocidade de reação do hidrogel é controlada alterando as dimensões (fino é mais rápido do que grosso) e o gel dobra-se ou muda de forma conforme a força da solução de água salgada e do campo elétrico.