Além do uso de uma máscara e de serem sujeitos a monitorização da temperatura corporal, vai exigir-se a quem recorra aos serviços públicos de Macau uma declaração de saúde que ‘ateste’ que a pessoa não tem febre ou tosse. Caso contrário, as pessoas serão barradas à entrada.
A declaração não é um atestado de saúde, não é passada pelos médicos ou pelos serviços de saúde, é eletrónica e voluntária, tem de ser preenchida no mesmo dia e pode ser mostrada no telemóvel, salientaram as autoridades.
Para já, o Governo quer apenas assegurar os serviços mínimos e básicos. O objetivo é responder a algumas necessidades da população. Contudo, o regresso ao trabalho da função pública, duas semanas após ter sido enviada para casa, vai ser alvo de muitas restrições para reduzir o risco de contágio devido ao coronavírus Covid-19, anunciaram as autoridades, que vão ainda divulgar 'online' quais os espaços que vão reabrir.
Fica a cargo dos dirigentes a avaliação sobre quais e quantos trabalhadores serão chamados a partir de segunda-feira, sendo que a maioria vai permanecer em casa, com as medidas a serem ajustadas ao longo dos dias, conforme a evolução do surto do coronavírus.
As autoridades de Macau vão reabrir gradualmente os serviços públicos na semana em que terminam também os 15 dias em que os casinos deveriam permanecer fechados no território, capital mundial do jogo.
A decisão é dada a conhecer no 10.º dia consecutivo sem registar novos casos de infeção pelo coronavírus e quase duas semanas após o Governo de Macau ter dispensado os milhares de funcionários públicos de se deslocarem ao local do trabalho.
Na mesma conferência de imprensa indicou-se que nas últimas 24 horas foram testadas 353 amostras no Laboratório de Saúde Pública, prosseguindo a despistagem a grupos definidos como de maior risco.
No total, nas últimas semanas foram realizados 1.235 testes no território, no qual se encontram atualmente sete pessoas infetadas com o coronavírus Covid-19. Dos 1.235 testes já foram descartados 1.204 casos suspeitos. Vinte e uma pessoas continuam a aguardar o resultado das análises, enquanto 28 já saíram do isolamento imposto pelas autoridades de saúde.
O número de mortos na China devido ao coronavírus supera já os 1.380 casos e mais de 63 mil pessoas foram infetadas. O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.
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