Num seminário na internet organizado pela Apifarma, Fernando Almeida afirmou que desde março, se passou “do oito ao oitenta” na capacidade de testagem, que começou por ser exclusiva do Instituto Dr. Ricardo Jorge, mas que entretanto se alargou a privados e laboratórios de instituições académicas.
Fernando Almeida defendeu que é sempre preciso “testar com critério”, caso contrário estar-se-á a “gastar tempo e dinheiro”.
Se em março se fazia uma média de 2.500 testes por dia, atualmente essa média está em cerca de 26 mil testes, e os dois a três dias que demoravam a haver resultados podem vir a ser reduzidos para cerca de 20 minutos com os 20 minutos permitidos pelos testes rápidos de antigénio.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Laboratorial, João Faro Viana, apontou que esses testes rápidos são equiparáveis a testes de gravidez, “exequíveis por qualquer pessoa”, vocacionados para se realizarem fora de laboratórios mas, também por isso, suscetíveis a “dificuldades na colheita”, que podem fazer com que a confirmação dos resultados não seja assim tão rápida.
O médico Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, apontou que “não é possível hoje investigar surtos” sem recurso às técnicas laboratoriais e sublinhou que os testes rápidos, a par de outros testes, como os testes PCR ou serológicos, “podem ter o seu papel” e ser de “utilidade extrema”, mas usados de forma complementar.
O vice-presidente da Comissão de Diagnósticos da Apifarma, Pedro Pereira, afirmou que a pandemia da covid-19 veio dar uma visibilidade inédita à área do diagnóstico, sublinhando que “’teste’ será uma das palavras que mais se utilizou este ano”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.635 pessoas dos 149.443 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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