“Temos de saber os detalhes da proposta britânica. (…) Mas, de acordo com o que sabemos até agora, estamos muito confiantes de que podemos fazer parte do grupo de [países] que vai fazer parte da lista verde. Os nossos números são excelentes, têm vindo a melhorar todos os dias”, afirmou Manuel Lobo Antunes esta manhã.
Devido à pandemia de covid-19, atualmente é proibido viajar do Reino Unido para o estrangeiro sem justificação válida, nomeadamente em lazer, mas o Governo britânico pretende aliviar as restrições a partir de 17 de maio, a terceira etapa do plano de desconfinamento.
O Executivo anunciou a intenção de estabelecer um sistema de ‘semáforo’ para classificar os países de acordo com o risco da situação epidémica, ficando os destinos da "verdes" isentos de quarentena no regresso ao Reino Unido, ao contrário do que sucederá com os países "laranja".
As viagens serão interditas para os países da "lista vermelha”, cujos viajantes terão de cumprir, à chegada ao Reino Unido, quarentena de 10 dias num hotel designado e às suas custas.
As condições finais para o restabelecimento das viagens internacionais e a composição das listas de países deverão ser anunciadas no início de maio.
O embaixador português disse ter "esperança de que em meados de maio a mobilidade normal entre o Reino Unido e Portugal possa ser restabelecida” com o "mínimo de barreiras possível”, ou seja, permitindo a entrada de pessoas sem estarem vacinadas contra a covid-19.
“Tínhamos uma média de dois milhões de turistas britânicos que visitavam Portugal todos os anos. No ano passado, por causa da pandemia, este número foi significativamente reduzido. O nosso objetivo é chegar o mais possível a números anteriores à pandemia”, afirmou Lobo Antunes.
O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor de turistas em 2020, representando 16,3% das dormidas de não residentes, apesar do decréscimo de 78,5% face ao ano anterior, de acordo com números do Instituto Nacional de Estatísticas.
Também à Sky News, o ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, disse que o Governo está a adaptar uma aplicação de telemóvel do sistema de saúde público para mostrar que o utilizador foi vacinado ou fez um teste com resultado negativo.
“Estamos a trabalhar com parceiros em todo o mundo para garantir que esse sistema pode ser reconhecido internacionalmente”, adiantou, indicando que o assunto vai ser abordado na reunião com homólogos do G7 na próxima semana.
Com 66 milhões de habitantes, o Reino Unido é o país europeu com maior número de mortes de covid-19 durante a pandemia, 127.451 óbitos confirmados em 4.409.631 casos.
Em Portugal, morreram 16.970 pessoas dos 834.991 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.122.150 mortos no mundo, resultantes de mais de 147,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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