“Ao longo da última semana, temos um crescimento de casos de 34%, um crescimento de internamentos de 30% e dos internados em unidades de cuidados intensivos de cerca de 26%”, avançou Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros.
Segundo a ministra, no que se refere à pressão do Serviço Nacional de Saúde, “é evidente” que o país ainda “está longe” das linhas vermelhas que foram definidas, mas os últimos dados demonstram um “registo de crescimento dos internamentos e das pessoas em unidades de cuidados intensivos”.
“Isso significa também que, além da incidência [de novos casos de infeção] e do Rt, também nos indicadores que a Resolução do Conselho de Ministros considera de avaliação qualitativa, e que estavam incluídos no documento das linhas vermelhas, temos uma situação que é complexa e que exige a atenção de todos”, salientou a governante em conferência de imprensa.
De acordo com a ministra, ao longo do desconfinamento, durante os meses de abril, maio e parte de junho, foi sempre possível Portugal permanecer nas zonas verde e amarela da matriz de risco, mas, neste momento, o país “tem níveis de incidência preocupantes e não tem condições de avançar” no alívio de restrições.
Portugal registou nas últimas 24 horas duas mortes associadas à covid-19, 1.556 novos casos de infeções confirmadas, a maioria em Lisboa e Vale do Tejo, uma diminuição nos internamentos em enfermaria e um aumento nos cuidados intensivos.
O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde indica que estão hoje menos 10 pessoas em enfermaria hospitalar, somando agora 427.
Já nas unidades de cuidados intensivos estão 106 doentes, mais seis em relação a quarta-feira.
A área de Lisboa e Vale do Tejo tem 67,4 por cento do total das novas infeções nacionais ao registar 1.049 casos.
O número total de casos de hoje é o mais elevado desde 20 de fevereiro dia em que Portugal registou 1.570 casos.
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