O estudo com 10.000 pacientes foi realizado entre 26 de fevereiro e 19 de abril pelo Instituto Científico da seguradora pública AOK (Wido), pela Associação de Medicina Intensiva e de Emergência (Divi) e pela Universidade Técnica de Berlim e publicado na revista médica britânica "The Lancet".

Os resultados também mostram que quase 30% dos pacientes hospitalizados com mais de 70 anos não sobreviveram. A taxa chega aos 38% para aqueles com mais de 80 anos.

Os casos de evolução grave da doença "dizem respeito, principalmente, a idosos, cuja saúde já está afetada, mas também a pacientes mais jovens", afirma o diretor do Wido, Jürgen Klauber, pedindo à população que seja cautelosa para evitar novos contágios.

Entre todos os pacientes atendidos nos hospitais, 1.727 receberam assistência respiratória e permaneceram internados em média por 25 dias, o dobro do restante.

Reinhard Busse, professor da Universidade Técnica, disse que o estudo fornece "dados importantes para nos prepararmos para uma segunda vaga da pandemia".

Graças ao seu sistema de saúde descentralizado, a Alemanha conseguiu aumentar rapidamente a sua capacidade de acolher pacientes com COVID-19 e, no geral, resistiu melhor ao coronavírus do que os seus vizinhos europeus.

Recentemente, as autoridades de saúde têm insistido nos seus pedidos para que os alemães permanecessem vigilantes.

O diretor do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler, reforçou, na terça-feira, a necessidade urgente de se respeitar os padrões de higiene, o uso de máscaras e de se manter a distância social.

Esta quarta-feira, a Alemanha acumulava 206.926 infectados, 684 a mais do que no dia anterior, e 9.128 mortes.