Segundo o diário sul-africano The Citizen, a ministra sul-africana deverá apresentar-se no tribunal de Pretória em 22 de maio para pagar a multa.
No início do mês, a ministra tinha sido já suspensa por dois meses, sendo que num deles não iria receber qualquer remuneração.
Segundo o porta-voz da procuradoria nacional da África do Sul, Phindi Mjonondwane, citado pela mesma fonte, a ministra tem agora um registo criminal.
Em causa está um almoço entre a ministra e o antigo deputado do Congresso Nacional Africano Mduduzi Manana, na casa deste.
Manana partilhou uma foto dos dois com a sua família, tendo originado críticas e pedidos de demissão da ministra entre a população.
Após lhe ter comunicado a suspensão à ministra, o Presidente do país, Cyril Ramaphosa, instou Ndabeni-Abrahams a emitir um pedido de desculpas à nação, algo que foi divulgado no mesmo dia.
“O confinamento nacional pede um cumprimento absoluto por todos os sul-africanos. Membros do executivo têm uma responsabilidade especial de estabelecerem um exemplo para os sul-africanos, que têm de fazer grandes sacrifícios”, disse Ramaphosa.
Ramaphosa disse estar satisfeito por Ndabeni-Abrahams “reconhecer a gravidade do que fez e que ninguém está acima da lei”.
Uma investigação das forças policiais sul-africanas entendeu que os motivos da visita da ministra a casa de Manana não estão compreendidos entre as razões essenciais determinadas pelo estado de confinamento, que incluem a entrega de serviços essenciais, a aquisição de bens essenciais ou a procura ou realização de cuidados médicos.
Até à data, as autoridades registaram 3.300 casos de contaminação no país, incluindo 58 mortes.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 178 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.
O continente africano regista mais de 23.500 casos em 53 países desde o início da pandemia, incluindo mais de 1.150 mortes.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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