Marcelo Rebelo de Sousa falou à agência Lusa durante um passeio de elétrico entre Campolide o Largo de Camões, em Lisboa, que decidiu fazer após ter almoçado no restaurante "A Valenciana" com o chefe da sua Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo, num sinal de apoio ao setor da restauração.
Segundo o chefe de Estado, o município de Ovar, no distrito de Aveiro, onde foi declarada a situação de calamidade e fixada uma cerca sanitária durante cerca de um mês para conter a transmissão da covid-19, constitui "um símbolo de uma resistência difícil de uma parte de Portugal continental" no atual quadro de pandemia.
"Combinei com o senhor primeiro-ministro - naturalmente, com o convite do senhor presidente da Câmara de Ovar - visitarmos Ovar logo que possível", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando: "E lá vamos, visitar uma fábrica, visitar um hospital de campanha, comer o pão de ló de Ovar, conviver com os ovarinos".
Sobre o almoço que, antes da chegada do primeiro-ministro, terá com o presidente do PSD, Rui Rio, também em Ovar, Marcelo Rebelo de Sousa contou que a ideia partiu do presidente da Câmara e dirigente social-democrata, Salvador Malheiro.
"Foi o presidente da Câmara quem tomou a iniciativa, que eu também achei muito boa, de associar ao almoço - uma vez que o senhor primeiro-ministro está com um compromisso em Coimbra - o líder da oposição. Isto é uma tarefa conjunta, comum, e portanto, faz sentido", considerou.
"Lá estaremos durante a tarde toda", concluiu.
A pandemia de covid-19 atingiu 196 países e territórios, registando-se mais de 323 mil mortos e quase 4,9 milhões infetados a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP feito com base em dados oficiais.
Em Portugal, morreram 1.263 pessoas num total de 29.660 confirmadas como infetadas, de acordo com o relatório de hoje da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença provocada por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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