Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 2.740 mortes associadas à COVID-19 e 161.350 casos de infeção, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
Em relação aos dados comunicados ontem, registaram-se mais 46 óbitos, 4.410 infetados e 2.507 recuperados. Ao todo há 91.453 casos de recuperação assinalados em território nacional.
A região Norte, com 2.580 novas infeções, é a região do mais com maior incidência, com 59% do total de novos diagnósticos.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 1.223 óbitos (+17 do que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (1.077 +20), Centro (341 +8) e Alentejo (54 +1). Pelo menos 29 (=) mortes foram registadas no Algarve. Há 15 (=) mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira regista-se um óbito (=) associado à doença.
Em todo o território nacional, há 2.362 doentes internados, mais 25 que ontem, e 320 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos 5 do que na quarta-feira.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 67.157 casos ativos da infeção em Portugal – mais 1.857 que ontem - e 67.442 pessoas em vigilância pelas autoridades - mais 1.876.
A região Norte é agora a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 75.455 (+2.580), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (64.374 +1.124), da região Centro (14.369 +509), do Algarve (3.129 +97) e do Alentejo (3.118+ 87). Nos Açores, existem 394 casos confirmados (+6) e na Madeira 511 (+7).
Faixas etárias mais atingidas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.841 (+31) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (542 +8), entre 60 e 69 anos (239 +4), entre 50 e 59 anos (82 +2) e 40 e 49 anos (27 +1).
Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 1.401 (+25) são do sexo masculino e 1.339 (+21) do feminino.
A faixa etária entre os 20 e os 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 27.196 (+666), seguida da faixa etária entre os 40 e os 49 anos, com 26.859 (+779) e da faixa etária dos 30 e os 39 anos, com 25.879 (+696).
Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 73.166 (+1.933) homens infetados e 88.184 (+2.477) mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 192 casos.
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Último balanço mundial
A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 1.215.957 pessoas no mundo desde que a OMS relatou o início da doença em dezembro, de segundo o levantamento feito ontem pela agência de notícias AFP. Mais de 47.520.750 casos de infeção pelo SASR-CoV-2 foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, dos quais pelo menos 31.414.400 pessoas já foram consideradas curadas.
Esse número de casos diagnosticados, no entanto, reflete apenas uma fração do número real de infeções. Alguns países testam apenas os casos graves, outros priorizam o teste para rastreamento e muitos países pobres têm capacidade limitada de teste.
Em Portugal, o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) afirmou hoje que “o voluntarismo” que houve na primeira vaga da pandemia desapareceu e apelou aos profissionais de outras especialidades para que voltem a unir-se neste combate. “O voluntarismo que se via de todas as especialidades na primeira vaga tenho dificuldade em ver agora”, afirmou João Araújo Correia em entrevista à agência Lusa.
“Na altura, parece que toda a gente deu as mãos” e, apesar de “a parte de leão” continuasse a ser da Medicina Interna e da Infeciologia, “o que é certo é que os outros apareceram, deram o peito às balas e ajudaram como puderam, e agora temos muitas dificuldades em recrutar pessoas fora destes setores, porque toda a gente foge para a sua área específica e se refugia nela”, explicou.
Ao fim de longos meses de combate à pandemia e numa altura em que o número de casos e de mortes por COVID-19 continua a crescer, “os internistas estão muito cansados”, mas são resilientes porque “estão habituados há muitos anos a aguentar todas as urgências, todos os invernos, e, portanto, este é um inverno pior”.
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