“Vamos iniciar e preparar — não vamos ficar à espera que eles [autoridades nacionais de Saúde] demorem uma eternidade para decidir coisas que são óbvias – a terceira vacinação, sobretudo para os grupos de primeira linha, como Israel já está a fazer”, afirmou Miguel Albuquerque à margem da visita às obras de renovação do relvado sintético do campo de futebol de Câmara de Lobos.

O chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS, adiantou que a Madeira vai “começar já a tratar de adquirir vacinas para fazer a terceira vacinação” na região.

O Governo da Madeira tem autonomia para adotar algumas medidas nesta área, de que é exemplo a obrigatoriedade do uso de máscaras, manter as medidas restritivas e implementar uma operação de rastreio a viajantes que entrem na região, nos aeroportos.

“Quando acabar os seis meses, nos grupos de risco, vamos avançar com a vacinação”, sublinhou.

O governante social-democrata madeirense reforçou que esta região “vai conseguir, sem problemas”, atingir os 85% da população vacinada até final de setembro, cumprindo o objetivo estabelecido.

Miguel Albuquerque recordou que a Madeira recebeu no passado dia 28 mais 35.000 vacinas da Pfizer, estando prevista a chegada de outros três lotes: 17.000 (08 de setembro), 11.700 (13 de setembro) e 23.400 (dia 20).

“Isto significa que temos todas as condições para concretizar o objetivo de vacinação de 213 mil residentes na Madeira, 85% da população, até o fim do mês de setembro”, vincou.

O presidente do Governo Regional ainda considerou que o número de pessoas que têm rejeitado a administração da vacina contra a covid-19 na Madeira “é residual”.

“Obviamente que não podemos obrigar as pessoas a serem vacinadas, mas isso comporta um risco para elas e para os outros”, realçou.

O contador ao minuto da vacinação da Madeira indicava que, cerca das 17:00 de hoje, a região tem mais de 181 mil pessoas com a vacinação completa.

De acordo com os últimos dados divulgados no domingo pela Direção Regional da Saúde, a Madeira registou 24 novos casos de covid-19 e mais 57 recuperações, somando um total de 270 infeções ativas, com cinco doentes hospitalizados.

A covid-19 provocou pelo menos 4.500.620 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,34milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.730 pessoas e foram contabilizados 1.036.019 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.