“Desde o início de março, até ao dia 17 de maio, o INEM transportou cerca de 12.643 utentes suspeitos de infeção por COVID-19”, refere o organismo num comunicado publicado no ‘site’ em que faz um balanço da sua atuação de “78 dias de atividade pandémica” em Portugal.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ressalva que, com a passagem para a Fase de Mitigação no plano de resposta da Direção-Geral da Saúde à COVID-19, qualquer situação de falta de ar triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) é considerada suspeita desta infeção, “obrigando os profissionais de emergência médica pré-hospitalares a cuidados redobrados”.
Todos estes transportes obrigaram a que os operacionais das ambulâncias utilizassem o equipamento de proteção individual (EPI) adequado à situação clínica do utente e adaptassem os procedimentos técnicos a instituir aos utentes assistidos, sublinha.
Desde o início da pandemia, 18 trabalhadores e colaboradores foram infetados, mas a 17 de maio havia apenas três casos, dois deles prestadores de serviços, adianta, sublinhando que todos foram acompanhados pelas equipas do INEM criadas para o efeito e “nenhum inspirou cuidados”.
Com o objetivo de “detetar precocemente casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus”, o INEM alocou nos aeroportos continentais equipas para monitorizar e avaliar casos suspeitos à chegada.
Entre 20 de março e 10 de maio, o INEM monitorizou 1.598 passageiros, tendo sido detetados 10 casos suspeitos.
Foram igualmente controlados 1.916 passageiros do navio cruzeiro MSC Fantasia, aportado em Lisboa, não tendo sido detetado qualquer caso suspeito.
Adicionalmente, o INEM montou tendas de triagem nos hospitais de São João, no Porto, e Dona Estefânia, em Lisboa, e auxiliou na montagem de um “hospital de campanha” em Ovar, com cedência de material e consultoria técnica para montagem da estrutura provisória.
Também disponibilizou equipas de enfermagem para efetuar recolha de amostras biológicas em domicílios, lares ou outras instituições, com “o intuito de diminuir a necessidade de transporte de utentes aos hospitais”.
“Além de diminuir a probabilidade de novos contágios”, esta medida retira pressão às unidades hospitalares, refere o INEM, indicando que as seis equipas já realizaram 7.497 recolhas de amostras para análise.
“Num contexto pandémico, que obrigou ao isolamento social, o INEM soube adaptar-se, tendo criado soluções para que os seus trabalhadores pudessem exercer funções através do regime de teletrabalho”, salientando que “pela primeira vez na história do INEM, técnicos do CODU puderam atender e triar chamadas de emergência a partir das suas casas.
A par de todo este trabalho, INEM continuou “a responder ao trabalho quotidiano, às doenças súbitas e acidentes que não deixaram de acontecer, garantindo a prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar a todos os cidadãos que deles necessitaram”.
Portugal contabiliza 1.277 mortos associados à COVID-19 em 29.912 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário DGS, que indica que há 6.452 recuperados.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
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