A Secretaria de Saúde de Roraima (norte do Brasil) tinha informado antes que o paciente foi admitido num hospital em Boa Vista, capital do estado, com um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave e sintomas da COVID-19.
O indígena nasceu na aldeia Rehebe, dentro da reserva Yanomami localizada entre os estados do Amazonas e de Roraima, mas atualmente vivia na cidade de Alto Alegre, no norte de Roraima, de acordo com dados divulgados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei).
O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do Brasil indicou que 941 pessoas morreram e estão registados 17.857 casos da covid-19 confirmados no país até ao momento.
No estado de Roraima, a morte dos jovens Yanomami foi a primeira confirmada entre os povos indígenas e a segunda entre a população em geral, de um total de 63 infetados.
As autoridades de saúde têm uma preocupação especial com a população indígena brasileira, composta por cerca de 480.000 membros de 227 grupos étnicos, a maioria distribuída nas quase 600 reservas existentes em todo o território nacional.
A maioria dessas reservas está localizada na região amazónica, onde há escassas infraestruturas sanitárias adequadas, além da falta de defesas de alguns grupos étnicos mais isolados contra certas doenças típicas dos grandes centros urbanos.
O grupo étnico Yanomami é um dos principais da Amazónia e estima-se que tenha cerca de 35.000 membros, que se definem como "nação" e vivem em centenas de pequenas aldeias espalhadas entre o Brasil e a Venezuela, e por cujas fronteiras circulam livremente.
A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 96 mil mortos e infetou quase 1,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
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