Naquele que foi o sexto discurso de Modi desde o início da pandemia foi feito no momento em que a Índia já regista quase 570.000 pessoas infetadas pelo novo coronavírus, que causa a doença COVID-19, e mais de 16.000 mortes.
“É verdade que, se olharmos para a taxa de mortalidade do novo coronavírus em comparação com muitos países do mundo, a Índia parece estar em (boas) condições”, disse Modi, validando a sua decisão de encerrar o país para praticamente todas as atividades desde final de março até início de junho.
Entretanto, desde que o confinamento foi suspenso, o número de casos da doença aumentou, tornando a Índia o quarto país mais afetado pela pandemia de COVID-19 do mundo.
Algumas restrições permaneceram, mas muitas indústrias e empresas reabriram e os indianos puderam voltar às ruas.
Modi culpou as pessoas por não usarem máscaras ou seguirem as diretrizes de distanciamento social.
“As pessoas estão a ficar descuidadas”, disse, acrescentando que é preciso chamar à razão aos infratores.
O primeiro-ministro também pediu que as administrações locais sejam mais rigorosas quanto ao cumprimento das normas de distanciamento social.
Modi declarou que refeições gratuitas para 800 milhões dos 1,3 mil milhões de habitantes do país continuarão a ser servidas até novembro.
O político afirmou que o Governo ofereceria um único cartão de racionamento que poderá ser usado para além das fronteiras dos Estados.
“Os maiores beneficiários serão as pessoas pobres que deixam as suas vilas para trabalharem noutro lugar”, disse.
Modi referiu-se indiretamente às dezenas de milhares de pessoas que deixaram as cidades indianas quando o confinamento teve início e agora começam a retornar ao local de trabalho ou a procura de emprego.
A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 505.500 mortos e infetou mais de 10,32 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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