Segundo Gaspar Pais, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar, as vacinas recebidas na segunda-feira foram destinadas “aos profissionais da linha da frente, como médicos, enfermeiros e auxiliares técnicos, que estão mais expostos”.
“Pode ser a diferença de voltarmos à vida normal ou continuarmos a ter as limitações atuais. Estamos muito esperançados, mas sabemos que efeito não é imediato até porque estamos a vacinar uma quantidade ainda muito reduzida da população”, disse o responsável.
Dentro de três semanas, as 205 pessoas que hoje foram inoculadas vão receber a segunda dose da vacina, havendo a expectativa que, em breve, cheguem doses para outros 200 profissionais da unidade que também se inscreveram para serem vacinados.
“Assim que nos chegue a indicação de que iremos receber mais vacinas, teremos a logística toda preparada. Foi como aconteceu nesta primeira fase, onde em dois dias preparamos todo processo. Estaremos prontos”, partilhou Gaspar Pais.
Hoje, a primeira profissional a receber a vacina no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, foi Isabel Valério, especialista de medicina interna, que se mostrou “confiante e nada receosa”.
“Acredito que a luta continua, mas as pessoas têm de ter confiança e fazer a vacinação para que se consiga combater da pandemia. Este é o início do processo, mas não podemos baixar a guarda”, disse a clínica.
O Centro Hospitalar Póvoa de Varzim e Vila do Conde presta cuidados de saúde a cerca de 150 mil habitantes dos dois concelhos, que nos últimos meses têm sido afetados por alguns surtos de covid-19.
Portugal entrou hoje no terceiro dia da campanha de vacinação contra a covid-19, que arrancou no domingo nos centros hospitalares universitários do Porto, de Coimbra, de Lisboa Norte e de Lisboa Central.
O plano prevê que sejam vacinados até abril cerca de 950 mil pessoas dos grupos prioritários definidos pelo grupo de trabalho: pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, utentes e trabalhadores de lares e profissionais de saúde e de serviços essenciais.
A primeira fase de vacinação prolonga-se até final de março de 2021, tem prevista a chegada de 1,2 milhões de doses de uma vacina que é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em Portugal, morreram 6.677 pessoas dos 396.666 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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