Fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere o hospital de Beja, indicou à agência Lusa que existe “um decréscimo de pressão sobre a estrutura hospitalar”, pelo que a unidade já procedeu “de novo ao ajustamento da sua oferta de internamento”.

Segundo a fonte, o hospital de Beja passou de “64 para 42 camas em enfermaria” destinadas a doentes com covid-19, agora com “uma taxa de ocupação de 80%”, e manteve “as 12 camas em unidade de cuidados intensivos” para pacientes infetados, onde se verifica “uma taxa de ocupação de 75%”.

“Esta alteração permite libertar a área de cirurgia de ambulatório e planear o reinício desta atividade, para a próxima semana, começando a dar resposta à lista de espera cirúrgica de ambulatório”, adiantou.

A fonte da ULSBA referiu que também “está a ser programada a reabertura de camas para internamento de doentes cirúrgicos” para permitir “a retoma da atividade cirúrgica programada”.

Contudo, de acordo com a mesma fonte, esta atividade “está dependente da manutenção favorável da situação epidemiológica e será equacionada o mais rapidamente possível”.

“Com o reajuste das estruturas à sua normalidade, de forma progressiva, dar-se-á início à retoma das restantes atividades, como consultas, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e o hospital de dia”, acrescentou.

A fonte hospitalar notou que estas atividades “não foram suspensas na sua totalidade”, mas sim “reduzidas, no momento de pico da pandemia, às situações consideradas muito prioritárias ou prioritárias”.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 15.821 pessoas dos 794.769 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.