A maioria das escolas primárias e secundárias no Reino Unido estão com o funcionamento limitado desde o início do confinamento, em meados de março, recebendo apenas os filhos de trabalhadores de serviços críticos e algumas classes de determinados anos.

“O regresso a rotinas de ensino normais o mais depressa possível é crucial para a nossa recuperação nacional. É por isso que temos estado a trabalhar para que todos os alunos possam voltar às escolas a tempo inteiro em setembro”, anunciou o ministro da Educação, Gavin Williamson, no parlamento.

O Governo estabeleceu medidas de proteção contra a transmissão do vírus, como a separação de turmas ou anos escolares em grupos através de horários desfasados e a obrigação de limpeza e lavagem de mãos regular ao longo do dia.

Para garantir que os alunos recuperam a aprendizagem perdida durante estes seis meses de confinamento, haverá alguma flexibilidade para corrigir “lacunas no conhecimento”, mas o currículo pedagógico vai ser mantido na totalidade.

Williamson já tinha anunciado mil milhões de libras (1,1 mil milhões de euros) para crianças com necessidade de apoio na educação.

Os planos dirigem-se a Inglaterra, já que os governos autónomos de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm soberania sobre esta matéria e determinaram regras e calendários diferentes.

O Governo tem sido criticado pela oposição e sindicatos de professores pelo atraso na informação, que impediu a reabertura total das escolas primárias antes das férias do verão, como estava previsto.

“O anúncio de hoje reconhece finalmente os apelos desesperados de diretores, funcionários e responsáveis por informações e certeza sobre os planos para o próximo ano académico”, saudou a deputada kate Green, porém criticou o facto de acontecer apenas três semanas antes do final do ano letivo, deixando muito por fazer.

O Reino Unido registou até quarta-feira 43,906 mortes (em 313.483 casos de infeção) durante a pandemia covid-19, o maior número na Europa e o terceiro maior no mundo, atrás dos EUA e Brasil.