Batizado de FI5, o dispositivo foi concebido pela emblemática escuderia em conjunto com o Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), seguindo as instruções dos hospitais de Milão e Génova.

"Começámos a trabalhar a 21 de março e o primeiro protótipo estava pronto a 25 de abril", declarou Corrado Onorato, responsável pela inovação tecnológica da escuderia italiana, em conferência de imprensa.

De acordo com Simone Resta, responsável pelo departamento de chassis da Ferrari, membros de várias divisões - simulação, modelos 3D e desenho - estiveram envolvidos no projeto, que contou com o aval da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

A temporada de Fórmula 1 ainda não foi ser iniciada devido à crise internacional, mas a FIA autorizou atividades relacionadas com a pandemia do coronavírus.

Ferrari
créditos: AFP

Mercedes já tinha feito o mesmo

A Mercedes, grande rival da Ferrari nos últimos anos na F1, participou de uma iniciativa semelhante no Reino Unido, colocando a serviço público no início de abril os planos de aparelhos respiratórios desenvolvidos para os serviços de saúde.

"Frente a esta trágica situação, encontramo-nos perante um problema com os ventiladores. Nem todos tiveram acesso às necessidades essenciais de terapia intensiva", explicou Antonello Forgione, cirurgião do hospital Niguarda de Milão.

"Refletimos sobre como inventar uma máquina que pudesse ser acessível a todos, de maneira segura, eficiente e rápida. Então contactámos a Ferrari", completou.

Dois protótipos foram desenhados e passaram à uma fase de teste. O IIT procura agora sócios para uma produção em grande escala. "Pensamos que podem ser feitos a baixo custo", garantiu Giorgio Metta, diretor científico do IIT.

Como funcionam os testes para detetar o coronavírus?

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