Dirigindo-se às pessoas que tiverem um contacto de baixo risco com uma pessoa infetada com o coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, a diretora-geral da Saúde aconselhou que “limitem ainda mais o número de contactos”, usam máscara e mantenham a distância física.

“Já aprendemos muito com esta pandemia, com este vírus e as suas diferentes variantes e também vamos aprender com este. E uma das coisas que eu acho que devemos todos aprender e que eu faço aqui um apelo é que as pessoas que são contactos de baixo risco, que não vivem com a pessoa infetada, que tenham só cuidados mais nada”, disse Graça Freitas, comentando à agência Lusa o aumento exponencial da procura da Linha SNS24 e dos serviços de saúde.

Portanto, apelou, “reforcem os seus cuidados e verifiquem se vão evoluir para sintomas ou não, mas façam a sua vida normal, não precisam de telefonar para a Linha, não precisam de ficar muito ansiosas”.

Por outro lado, adiantou, os sintomas são um “bom sinal” de alerta quando se está infetado, e se a pessoa não está sintomática é um sinal de evolução positiva da doença.

No caso dos contactos de alto risco, que implica isolamento profilático, a diretora-geral da Saúde aconselhou as pessoas a se automonitorizarem, e alimentarem-se convenientemente e hidratarem-se.

“São os cuidados habituais que temos como uma gripe de forma a que não sobrecarreguemos os serviços de saúde que no Inverno, não só por este vírus, mas por todas as outras circunstâncias do inverno, estão sobrecarregados”, salientou.

Nesse sentido, reforçou o apelo para que se utilize “criteriosamente os serviços de saúde, seja a Linha SNS24, sejam as urgências, seja o que for”.

“As próprias pessoas deverão fazer uma autoavaliação da sua condição e ingerir essa condição se ela não for grave, se não apresentar sintomas, é um bom sinal”, disse, pedindo para gerirem esta situação como gerem outras doenças da sua vida.

Relativamente aos sintomas a que as pessoas devem estar alerta, referiu que “são mais parecidos com os de uma constipação vulgar”, como dores de garganta, espirros, pingo no nariz, o que se deverá provavelmente à conjugação de uma variante, que é diferente, com o sistema imunitário populacional que está já muito reforçado com o esquema primário e de reforço da vacinação.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu hoje encurtar de 10 para sete dias o período de isolamento das pessoas infetadas com covid-19 assintomáticas e dos contactos de risco.

A decisão da DGS surge numa altura em que os casos da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 estão a aumentar exponencialmente em Portugal e no mundo, tendo as infeções com SARS-CoV-2 atingido hoje, pelo terceiro dia consecutivo, um novo máximo de 28.659 novos casos em 24 horas.

Em Portugal, desde março de 2020, já morreram 18.937 pessoas vítimas da covid-19 e foram contabilizados 1.358.817 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.