"Esta situação ainda será mantida pelo menos durante oito semanas", referiu a ministra, sublinhando que esta medida se destina a gerir o afluxo de doentes às urgências hospitalares e a baixar a curva da contaminação.

"O que pedimos às pessoas não é fácil, temos de ajustar os nossos hábitos quotidianos. Mas não há alternativa", referiu De Block. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Desde o dia 17 de março que os residentes na Bélgica só podem sair de casa para comprar comida, ir ao médico ou assistir pessoas com necessidades.

É permitida a ida ao cabeleireiro, desde que seja uma pessoa de cada vez, e a prática de exercício físico no exterior, no máximo a dois e em regime de coabitação, respeitando a distância mínima de 1,5 metros das outras pessoas.

As escolas e universidades estão fechadas e a maior parte dos trabalhadores estão em regime de teletrabalho, incluindo os funcionários das instituições da União Europeia.

Segundo os números mais recentes, hoje divulgados, foram registados 3.401 casos da covid-19, com 75 mortes e 340 doentes já recuperados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 1.720 mortos em 28.572 infeções, o Irão, com 1.685 mortes num total de 22.638 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Como lavar bem as mãos para se ver livre de vírus e outros microrganismos?