“Fui vacinado, depois de toda a gente (prioritária) ter sido vacinada”, afirmou à Lusa, indicando que o mesmo aconteceu com os restantes membros do Conselho de Administração.

Na última sexta-feira, a ULS decidiu também vacinar algum pessoal administrativo com doses destinadas a um lar de idosos onde a vacinação não pôde ser feita por, entretanto, ter surgido um surto de infeção pelo novo coronavírus na instituição.

O presidente explicou à Lusa que, a validade das vacinas (120 horas, depois de descongeladas) terminava precisamente na sexta-feira e decidiram aplicar a norma do Ministério da Saúde no sentido de que “os sobrantes devem ser usados nos profissionais da saúde”.

O responsável defendeu que os administrativos estão também “sujeitos a risco”, nomeadamente no atendimento nos hospitais, e que há serviços fundamentais, como o aprovisionamento, pois “se para o aprovisionamento, para o hospital”.

“Foram cumpridas escrupulosamente as orientações”, afirmou, destacando que os membros do Conselho de Administração também “andam pelos hospitais”.

Segundo o presidente, “os profissionais de saúde prioritários estão todos vacinados e 90% já levaram a segunda dose da vacina” nos serviços de saúde da ULS do Nordeste, responsável pelos três hospitais e 14 centros de saúde do distrito de Bragança.

A maioria dos 12 concelhos do distrito de Bragança encontra-se na lista do risco extremo de contágio.

Os serviços hospitalares continuam a dar resposta e sem a capacidade esgotada, nomeadamente ao nível do internamento de doentes covid-19.

O distrito tem atualmente cerca de 1.500 casos ativos de infeção, um número para o qual contribuem vários surtos em lares de idosos e outras instituições de solidariedade social.

O maior surto desde o início da pandemia ocorreu, em setembro de 2020, nos lares da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, com 28 óbitos associados à Covid-19.

A instituição faz agora parte do processo de vacinação das Estruturas Residenciais para Idoso (ERPI) em curso no país, e os membros da direção foram vacinados junto com os utentes e trabalhadores, nomeadamente o provedor, Eleutério Alves.

O provedor justificou à RTP ter recebido a vacina por estar em contacto com os idosos dos lares da Misericórdia.