De acordo com os mesmos dados, o número de casos de infetados registados no país aumentou para 5.883 (um acréscimo de 1.247 novos).
A Itália, o país mais afetado na Europa e o terceiro no mundo pelo COVID-19, nome atribuído pela Organização Mundial Saúde (OMS) à doença provocada pelo novo coronavírus, realizou 42.062 testes desde o início da epidemia.
A maioria dos casos positivos está concentrada no norte do país: na Lombardia (região de Milão, 3.420 casos), Emilia-Romanha (região de Bolonha, 1.010) e Veneto (região de Veneza, 543).
A epidemia de COVID-19, surgida no final do ano, na China, provocou já mais de 3.500 mortos entre mais de 101 mil pessoas infetadas em pelo menos 94 países.
Com base no número mundial de infetados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.
Lombardia encerrada. Zona vermelha estende-se a mais 11 províncias
O governo de Giuseppe Conte vai avançar com medidas drásticas para travar a propagação do novo coronavírus através da assinatura de um decreto.
Segundo avança a TSF, a imprensa italiana divulgou um documento onde é anunciado que, até 3 de abril, é proibido entrar e sair da Lombardia (Milão) e outras 11 províncias: Modena, Parma, Piacenza, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro e Urbino, Veneza, Pádua, Treviso, Asti e Alessandria.
O mesmo se aplica às regiões de Piemonte e Emília-Romanha.
COVID-19: Governo italiano vai contratar mais 20.000 profissionais de saúde para conter surto
O Governo italiano anunciou este sábado a contratação de mais 20.000 profissionais de saúde e a aquisição de mais camas para internamento, medidas para combater a propagação da epidemia de COVID-19 no país, o mais afetado da Europa.
De acordo com um comunicado do Governo de Itália, citado pela agência France-Presse (AFP), a decisão, que foi conhecida depois de um longo conselho de ministros - que decorreu na noite de sexta-feira para sábado -, prevê a contratação de 5.000 médicos especialistas, 10.000 enfermeiros e 5.000 cuidadores.
Devido à propagação do surto do novo coronavírus, o decreto-lei do executivo prevê a possibilidade de recrutar médicos que já estejam aposentados.
O Governo italiano vai também aumentar o número de camas para terapia intensiva de 5.000 para 7.500, um incremento que vai duplicar o número de vagas nos departamentos de pneumologia e doenças infecciosas.
A nota do Governo esclarece que estas medidas representam um investimento de mil milhões de euros, incluídos nos 7,5 mil milhões de euros disponibilizados para “responder aos requisitos extraordinários e urgentes devido à disseminação do COVID-19 e garantir os níveis essenciais de assistência”.
Os autarcas italianos também têm a possibilidade de requisitar hotéis para alojar pessoas em quarentena.
Haverá ainda um incentivo governamental de 50 milhões de euros para empresas que produzem máscaras de proteção e outros produtos de saúde que permitam conter a epidemia.
Coronavírus: como passou de animais para humanos?
* Notícia atualizada às 20:10 com novo plano de contingência do Governo italiano.
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