De acordo com os mesmos dados, o número de casos de infetados registados no país aumentou para 5.883 (um acréscimo de 1.247 novos).

A Itália, o país mais afetado na Europa e o terceiro no mundo pelo COVID-19, nome atribuído pela Organização Mundial Saúde (OMS) à doença provocada pelo novo coronavírus, realizou 42.062 testes desde o início da epidemia.

A maioria dos casos positivos está concentrada no norte do país: na Lombardia (região de Milão, 3.420 casos), Emilia-Romanha (região de Bolonha, 1.010) e Veneto (região de Veneza, 543).

A epidemia de COVID-19, surgida no final do ano, na China, provocou já mais de 3.500 mortos entre mais de 101 mil pessoas infetadas em pelo menos 94 países.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Com base no número mundial de infetados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.

Lombardia encerrada. Zona vermelha estende-se a mais 11 províncias

O governo de Giuseppe Conte vai avançar com medidas drásticas para travar a propagação do novo coronavírus através da assinatura de um decreto.

Segundo avança a TSF, a imprensa italiana divulgou um documento onde é anunciado que, até 3 de abril, é proibido entrar e sair da Lombardia (Milão) e outras 11 províncias: Modena, Parma, Piacenza, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro e Urbino, Veneza, Pádua, Treviso, Asti e Alessandria.

O mesmo se aplica às regiões de Piemonte e Emília-Romanha.

COVID-19: Governo italiano vai contratar mais 20.000 profissionais de saúde para conter surto

O Governo italiano anunciou este sábado a contratação de mais 20.000 profissionais de saúde e a aquisição de mais camas para internamento, medidas para combater a propagação da epidemia de COVID-19 no país, o mais afetado da Europa.

De acordo com um comunicado do Governo de Itália, citado pela agência France-Presse (AFP), a decisão, que foi conhecida depois de um longo conselho de ministros - que decorreu na noite de sexta-feira para sábado -, prevê a contratação de 5.000 médicos especialistas, 10.000 enfermeiros e 5.000 cuidadores.

Devido à propagação do surto do novo coronavírus, o decreto-lei do executivo prevê a possibilidade de recrutar médicos que já estejam aposentados.

O Governo italiano vai também aumentar o número de camas para terapia intensiva de 5.000 para 7.500, um incremento que vai duplicar o número de vagas nos departamentos de pneumologia e doenças infecciosas.

A nota do Governo esclarece que estas medidas representam um investimento de mil milhões de euros, incluídos nos 7,5 mil milhões de euros disponibilizados para “responder aos requisitos extraordinários e urgentes devido à disseminação do COVID-19 e garantir os níveis essenciais de assistência”.

Os autarcas italianos também têm a possibilidade de requisitar hotéis para alojar pessoas em quarentena.

Haverá ainda um incentivo governamental de 50 milhões de euros para empresas que produzem máscaras de proteção e outros produtos de saúde que permitam conter a epidemia.

Coronavírus: como passou de animais para humanos?

* Notícia atualizada às 20:10 com novo plano de contingência do Governo italiano.