De acordo com a Efe, que cita fontes do setor, o projeto deste consórcio - Tejo Infraestruturas Hospitalares (TIH) - prevê uma poupança de 40,7 milhões de euros durante os próximos 30 anos, uma informação que tinha sido avançada pelo jornal espanhol El Confidencial.
O consórcio posicionado em segundo lugar, nesta fase preliminar, prevê poupanças de 1,5 milhões de euros.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) disse que "nesta fase não há decisão sobre um vencedor".
A ARSLVT "confirma que o júri do concurso público internacional para a construção e manutenção do futuro Hospital de Lisboa Oriental (HLO) em regime de parceria público-privada terminou a avaliação das propostas, mas a primeira fase do concurso também integra a audiência prévia e aprovação do relatório de avaliação por parte do Governo", acrescentou a mesma fonte.
Neste momento "está a decorrer a audiência prévia dos concorrentes", referiu.
"Posteriormente, terá início a segunda fase do concurso – a fase de negociação com a 'short list' das propostas aprovadas – que será decisiva para o apuramento do vencedor, concluiu a mesma fonte.
Na primeira análise preliminar e relatório de avaliação das propostas de concurso, "o júri destacou a poupança que o projeto apresentado pela Sacyr representa para o Estado português, que através da sua filial Somague apresentou um EPC (Engenharia, Aquisições e Construção, segundo a sua sigla em inglês) de 269 milhões de euros, contra 315 milhões de euros para a segunda proposta", adianta a Efe, citando as mesmas fontes.
Em Portugal, a Sacyr Somague já participa em conjunto com o fundo Aberdeen na gestão de três hospitais que somam mais de 1.200 camas disponíveis: Hospital Vila Franca de Xira, Hospital de Braga e Hospital Ilha Terceira, refere a agência de notícias espanhola.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Sacyr Somague escusou-se a fazer comentários.
Em fevereiro do ano passado, a ARSLVT anunciou que oito empresas tinham apresentado propostas no concurso público internacional para a construção e manutenção do futuro Hospital de Lisboa Oriental: Servicios Hospitalarios CHUT; Agrupamento Hygeia; Alberto Couto Alves, SA; Tejo Infraestruturas Hospitalares (TIH); Ferrovial Agroman; SA, Ferrovial Serviços SA; Bastos, Amorim & Araújo – Consultoria e Trading, Lda; e Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, SA.
O concurso público internacional em curso visa a conceção, construção e manutenção do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de Parceria Público-Privada, a instalar em Marvila numa área total de 180.000 metros quadrados.
O novo hospital de Lisboa deverá estar construído em 2023 e terá uma capacidade mínima de 875 camas. O HLO vai representar para o operador privado um investimento total de cerca de 330 milhões de euros e, para o Estado, estima-se uma renda anual que poderá rondar os 16 milhões de euros durante os 27 anos do contrato, segundo a ARSLVT.
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