“Hoje, a Comissão Europeia concedeu uma autorização condicional de comercialização (CMA) para a vacina covid-19 desenvolvida pela Janssen Pharmaceutica NV, uma das empresas farmacêuticas da Johnson & Johnson, e a quarta vacina covid-19 autorizada na União Europeia (UE)”, segundo um comunicado de imprensa do executivo comunitário.
Esta autorização, salienta o comunicado, “segue uma recomendação científica positiva baseada numa avaliação exaustiva da segurança, eficácia e qualidade da vacina pela EMA e é aprovada pelos Estados-membros”.
"Mais vacinas seguras e eficazes estão a chegar aos mercados. Acabamos de autorizar o uso da vacina da Johnson&Johnson na UE, depois do aval positivo da EMA (a Agência Europeia de Medicamentos)", escreveu no Twitter a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen.
Esta é a quarta vacina autorizada na UE, depois dos imunizantes da BiotNTech/Pfizer, AstraZeneca e Moderna.
A Comissão Europeia assegura ter verificado todos os elementos de apoio à autorização de introdução no mercado e consultado os Estados-membros antes de conceder a autorização de introdução no mercado.
Bruxelas aprovou o contrato de compra antecipada de doses de vacinas com a Janssen em 08 de outubro de 2020 podendo agora a subsidiária europeia da Johnson & Johnson fornecer 200 milhões de doses individuais da sua vacina COVID-19 à UE a partir do segundo trimestre deste ano.
O contrato permite aos Estados-membros a aquisição de 200 milhões de doses adicionais. A estas acrescem os 600 milhões de doses de vacina BioNTech-Pfizer, os 460 milhões de doses de vacina Moderna e as 400 milhões de doses de vacina da AstraZeneca.
O posicionamento da Comissão Europeia surge depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) ter aprovado hoje a vacina Janssen da COVID-19, produzida pela farmacêutica Johnson&Johnson, considerando-a "segura e eficaz". “A EMA acabou de recomendar que seja dada uma autorização condicional de introdução no mercado à vacina da Janssen contra a COVID-19 para pessoas maiores de 18 anos”, anunciou a agência na sua conta na rede social Twitter.
Portugal deve receber 4,5 milhões de doses este ano da vacina
Está previsto que Portugal receba 4,5 milhões de doses este ano da vacina desenvolvida pela Janssen, farmacêutica que é a subsidiária europeia da Johnson & Johnson.
Segundo um comunicado do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), esta vacina “é composta por um vetor viral, baseado em adenovírus que foi modificado, de forma a conter o gene responsável pela produção da proteína ‘spike’, uma proteína do vírus SARS-CoV-2, necessária para entrar nas células do corpo”.
“A vacina da Janssen não contém o próprio vírus e não pode causar COVID-19”, sublinha o Infarmed, entidade responsável pela introdução de medicamentos em Portugal.
Ao contrário das outras três vacinas da COVID-19 que já estão a ser administradas, a da Johnson & Johnson é de toma única e exige uma menor capacidade de frio para o seu transporte e armazenamento.
No âmbito do compromisso da farmacêutica com a Comissão Europeia, está previsto que Portugal receba, ao longo do segundo trimestre, os primeiros 1,25 milhões de vacinas da Janssen que fazem parte de um lote de 4,5 milhões que o país deverá ter disponíveis ao longo deste ano.
A EMA já iniciou também a “análise contínua” da vacina russa contra a COVID-19, a Sputnik V, para determinar a sua conformidade com os requisitos da UE em matéria de eficácia, segurança e qualidade.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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