A terapia adotada atualmente, nos Estados Unidos, limita-se a administrar antipsicóticos para suprimir as alucinações e os delírios.

"O objetivo [da nova terapia proposta] é associar a pessoa que apresenta os primeiros sinais de psicose a uma equipa de especialistas que trabalhem de forma coordenada e o mais rápido possível desde o momento em que aparecem os primeiros sintomas", explicou John Kane, professor e diretor do serviço de psiquiatria do Zucker Hillside Hospital, em Nova Iorque, cita a agência France Presse.

O estudo, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês) e divulgado na revista científica American Journal of Psychiatry, foi conduzido ao longo de dois anos em 34 clínicas dos Estados Unidos. Envolveu 404 pacientes entre os 15 e 40 anos.

Os investigadores constataram que o tratamento é mais eficaz quando os doentes são atendidos pouco depois de diagnosticados os primeiros sinais da doença. Metade dos participantes do estudo começou o tratamento em menos de um ano e meio após o início dos sintomas; os demais passaram estiveram mais tempo sem medicação.

O grupo tratado mais rapidamente apresentou melhorias significativas na sua qualidade de vida, em comparação com os que foram tratados tardiamente, ambos seguindo o novo esquema de tratamento. Além disso, os dois grupos registaram melhores resultados face àqueles que receberam o tratamento convencional.