De acordo com Teresa Fernandes, da Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da DGS, um dos casos situa-se no norte e quatro no Algarve, estes últimos detetados no mês de março.

A mesma fonte adiantou que um dos casos teve origem na Venezuela, estando a origem dos outros ainda a ser investigada.

A evolução dos doentes, maioritariamente crianças, está a ser positivo, tendo sido vacinadas assim como os seus contatos diretos.

Teresa Fernandes reiterou a necessidade das crianças e adultos serem vacinados nos prazos previstos do Plano Nacional de Vacinação.

“Não deve haver atrasos na vacinação. A primeira dose é aos 12 meses e tem de ser administrada aos 12 meses. A segunda dose é aos cinco anos e é aos cinco anos que deve ser administrada”, afirmou.

DGS preocupada

Estamos realmente preocupados, porque o sarampo estava eliminado e tínhamos sido, até aqui, um país livre da doença, devido ao programa de vacinação, sobretudo das crianças, com uma vacina que deve ser administrada aos 12 meses de idade”, disse à agência Lusa Francisco George.

Francisco George referiu que Portugal estava avisado para o surgimento de eventuais casos de sarampo, “depois de a Organização Mundial da Saúde ter comunicado que havia esse risco”. Segundo o diretor-geral da Saúde, a vacina é para ser administrada aos doze meses de idade, com um reforço aos cinco anos, sendo muito eficaz na proteção do sarampo.

“O nosso apelo é para que todas as crianças destas idades tenham a vacina em dia e que os pais e mães não deixem de vacinar as crianças, porque não podem dispor do destino da saúde dos seus filhos, as crianças não podem ter a sua saúde exposta a riscos, porque não têm poder de decisão”, destacou.