
Os homens que têm uma cópia desta variante têm um risco 26% maior de apresentar impotência sexual em comparação com a população média, lê-se no estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Aqueles com duas cópias da variante enfrentam um risco 59% maior, de acordo com o geneticista Eric Jorgenson, principal autor do estudo. Os resultados baseam-se num banco de dados de 36.649 pacientes do consórcio de saúde Kaiser Permanente, no norte da Califórnia.
O risco médio desta patologia na população é de um em cada cinco homens, de acordo com um estudo de 2007 realizado nos Estados Unidos, mas a proporção aumenta acentuadamente com a idade.
Fatores genéticos entre as causas
Cerca de um terço do risco de disfunção erétil está ligado a fatores genéticos. De acordo com o novo estudo, a variante genética que Jorgenson e seus colegas identificaram representa, sozinha, 2% do risco.
Obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares têm componentes genéticos e também estão ligados à impotência sexual.
"Sabemos que existem outros fatores para a disfunção erétil, incluindo tabagismo, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, e os homens que tratam esses fatores podem reduzir o risco de disfunção erétil", disse Jorgenson à AFP.
"Como a região que identificamos no genoma humano parece agir independentemente desses fatores de risco, o desenvolvimento de novos tratamentos que se debrucem na variação dessa localização genética tem o potencial de ajudar os homens que não respondem aos tratamentos atuais".
O investigar observa que cerca de 50% dos homens não respondem aos tratamentos para a disfunção erétil atualmente disponíveis.
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