Mais de 1,4 milhões de portugueses com 60 ou mais anos foram vacinados, dos quais 60,3% (1.225.661 idosos) tinham idade igual ou superior a 65 anos e 30,7% (198.654 idosos) tinham idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, segundo os dados da segunda avaliação do vacinómetro para a época 2014-2015.

Entre os grupos considerados prioritários pela Direção-Geral da Saúde, estima-se que se tenham vacinado 37% dos portadores de doenças crónicas e 50% dos profissionais de saúde com contacto direto com doentes.

O vacinómetro indica que até ao momento se vacinaram pela primeira vez cerca de 6% das pessoas pertencentes a grupos prioritários para vacinação e que ainda tenham intenção de se vacinar 15% de indivíduos deste mesmo grupo.

Entre a população com 65 ou mais anos, terão intenção de se vacinar 12%, estima esta monitorização.

Mais homens vacinados do que mulheres

O vacinómetro demonstra ainda que se vacinaram mais homens (48,2%) do que mulheres (47,3%), embora a diferença seja quase residual.

De acordo com Filipe Froes, médico pneumologista membro da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, “a gripe é a principal doença do adulto que pode ser prevenida pela vacinação”, pelo que esta deve ser vista “como um investimento na prevenção de inúmeras complicações”.

“Como no ano passado houve escassez, este ano foi feito um esforço e aumentou-se a importação de mais vacinas, o que permite que as pessoas que não se vacinaram no passado ano tenham oportunidade de o fazer este ano”, explicou.

Por isso, alerta para a importância de não haver desperdício este ano, para que no próximo “não volte a existir escassez”.

Lançado em 2009, o Vacinómetro monitoriza a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários e recomendados, num projeto que é uma iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio de uma farmacêutica.