Segundo um documento apresentado à Securities and Exchange Commission (SEC), Bourla vendeu 132.508 ações a 41,94 dólares em Wall Street.
A vice-presidente do laboratório, Sally Susman, vendeu 1,8 milhão de dólares em ações na última segunda-feira, dia em que a performance da empresa subiu mais de 7%, após o anúncio de que a sua vacina apresentava 90% de eficácia.
Questionada pela AFP sobre as vendas, a Pfizer não respondeu.
Segundo um porta-voz, citado pela CNN, as operações faziam parte de um plano de vendas periódico implementado por Bourla quando o título alcança um determinado preço.
As vendas teriam sido programadas de acordo com a gestão financeira pessoal dos executivos, desde agosto de 2019 no caso do CEO e novembro de 2019 no caso de Sally.
UE prepara compra da vacina da Pfizer
A Comissão Europeia vai alocar dois mil milhões de euros para a compra de vacinas para a COVID-19, tendo já aprovado a aquisição de quatro potenciais, após a ‘luz verde’ dada ontem ao contrato com a BioNTech e Pfizer.
O executivo comunitário aprovou “um quarto contrato com as empresas farmacêuticas BioNTech e Pfizer que prevê a compra inicial de 200 milhões de doses em nome de todos os Estados-membros da UE [União Europeia] e uma opção para solicitar até mais 100 milhões de doses, a serem fornecidas assim que uma vacina tenha provado ser segura e eficaz contra a COVID-19”, informou a instituição em comunicado.
A instituição aponta, ainda, que decidiu “apoiar” a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas alemã BioNTech e pela norte-americana Pfizer “com base numa avaliação científica sólida, a tecnologia utilizada, a experiência das empresas no desenvolvimento de vacinas e a sua capacidade de produção para abastecer toda a UE”.
Na segunda-feira, a Pfizer revelou que dados provisórios sobre a sua vacina contra o novo coronavírus indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos.
O anúncio não significa, contudo, que uma vacina esteja iminente, dado que os ensaios clínicos ainda decorrem.
Mais de 1,26 milhões de mortos
A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 1,26 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 3.103 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (50.365 mortos, mais de 1,2 milhões de casos), seguindo-se Itália (42.953 mortos, mais de um milhão de casos), França (42.435 mortos, mais de 1,8 milhões de casos) e Espanha (40.105 mortos, mais de 1,4 milhões de casos).
Portugal contabiliza pelo menos 3.103 mortos associados à COVID-19 em 192.172 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS)
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