"Outras quatro pessoas foram contaminadas pelo vírus ébola. Entre elas há dois membros da equipa médica que estiveram em contacto com os doentes", disse à agência de notícia France Presse o médico que dirige o hospital geral de Bikoro, Serge Ngalebato.

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Até agora, a doença já matou 17 pessoas. Os casos estão limitados, para já, à região de Bikoro, situada no nordeste de Kinshasa, na fronteira com Congo-Brazzaville.

As autoridades congolesas anunciaram um plano para enfrentar a nova epidemia.

Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) desbloqueou um milhão de dólares para travar a propagação da doença nas províncias e nos países vizinhos, disse à imprensa um representante da agência humanitária das Nações Unidas (Ocha).

Países vizinhos preocupados

O governo da Nigéria manifestou, nesta quarta-feira, a sua "preocupação" com esta nova epidemia de ébola na RDC, a nona que afeta o país desde 1976.

"Vamos verificar todas as pessoas que chegarem da RDC e dos países vizinhos", garantiu o ministro nigeriano da Saúde, Isaac Adewole, após o conselho de ministros.

A febre hemorrágica do ébola, que apareceu pela primeira vez em 1976 no antigo zaire Zaire (agora RDC), procede de um vírus que se transmite por contacto físico com líquidos corporais infetados.

O consumo de carne de animais infetados também é um fator de contágio. A última epidemia de ébola foi em 2017 e fez quatro mortos.

A epidemia mais grave de sempre ocorreu no oeste de África entre 2013 e 2016 e fez 11.300 mortos entre um total de  29.000 casos, a maioria na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.