
"Vinte e um casos de febre com sinais hemorrágicos e 17 mortes", uma taxa de letalidade de 80%, foram notificados pelo Ministério da Saúde a 3 de maio, indica em comunicado aquele organismo, referindo-se a "uma emergência de saúde pública internacional".
"Um plano de resposta adotado pelo Ministério da Saúde já foi aprovado pelo Governo", indicou um relatório do Conselho de Ministros da RDC.
"Desde a notificação dos casos a 3 de maio, nenhuma morte foi relatada", aponta o comunicado do ministério, sem especificar a data de início da epidemia.
Uma equipa do Ministério da Saúde, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela organização Médicos Sem Fronteiras, visitou a cidade de Bikoro, epicentro da epidemia. "A nossa maior prioridade é ir a Bikoro para trabalhar com o governo da República Democrática do Congo e parceiros para reduzir a perda de vidas e o sofrimento associados a este novo surto de ébola", indicou o médico Peter Salama, diretor-geral adjunto da OMS em comunicado.
Nono surto de Ébola da história
A epidemia na RDC é o nono surto de ébola desde a descoberta deste vírus em 1976.
A doença foi detetada numa área de floresta, na fronteira com o Congo-Brazzaville, a cerca de 600 km a noroeste de Kinshasa.
"Cinco amostras de casos suspeitos foram enviadas para análise no Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas (INRB) de Kinshasa a 6 de maio. Duas deram positivo", afirmou o ministério em comunicado.
A última epidemia de ébola na RDC remonta a 2017. Rapidamente controlada, matou oficialmente quatro pessoas.
Uma terrível epidemia atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos e cerca de 29.000 casos, mais de 99% na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
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