Portugal regista das mais baixas taxas de mortalidade na Europa, ao lado de Espanha, Estónia, Suécia e Finlândia. Segundo o último estudo global que estuda a prevalência da doença, o relatório da OCDE "Health at Glance: Europa 2016", o acesso a programas de deteção precoce dos tumores é uma das chaves deste sucesso nacional no panorama mundial.

O carcinoma da mama fez menos de 30 vítimas mortais por cada 100 mil mulheres, quando a média na Europa a 28 rondou as 33,2 vítimas.

"Uma em cada nove mulheres vai ter um cancro da mama e um terço vai morrer da doença", alertam ainda assim os investigadores.

Segundo o estudo, a sobrevivência está diretamente relacionada com os programas de rastreio nacional. Enquanto na Europa, a cobertura varia entre os 54% e 63%, em Portugal os valores ultrapassam os 80% na população feminina.

O relatório da OCDE destaca também os progressos obtidos na adesão aos tratamentos, com taxas próximas dos 90%, o que permite a um número cada vez maior de mulheres estarem vivas nos cinco anos seguintes ao diagnóstico inicial.

Entre todos os carcinomas, os tumores malignos da mama são os mais comuns, com 13,8% de incidência em 2012, os dados mais recentes disponibilizados pelo estudo da OCDE.

Menos mortes

Os dados são, no entanto, animadores: os investigadores frisam que a mortalidade por cancro (todos os tipos) tem vindo a diminuir desde o início do milénio.

Ainda assim esse decréscimo tem sido "mais modesto" do que o verificado nas doenças cardiovasculares, que continuam a ser a primeira causa de mortalidade na maioria dos países da Europa a 28.

Veja ainda10 alimentos que aumentam o risco de cancro

Saiba maisAs 5 principais dicas médicas para prevenir o cancro da mama