Segundo o Ministério da Saúde, desde o início da epidemia, em outubro de 2015, até 24 de janeiro de 2016 foram registados 7.164 casos de Zika, "com uma tendência decrescente nas últimas cinco semanas".

A maioria dos casos foram registados na cidade da Praia (4.837), seguida de São Filipe, na ilha do Fogo (1.230) e da ilha do Maio (501).

Não foi registado, até agora, nenhum caso de microcefalia, adianta o ministério em comunicado.

Os serviços de saúde estão a acompanhar 40 grávidas que contraíram Zika por causa das suspeitas de ligação entre a infeção pelo vírus e casos de microcefalia em bebés.

Na semana de 18 a 24 de janeiro foram registados 83 casos, sendo 60 casos em São Filipe, ilha do Fogo, 14 casos na cidade da Praia, quatro casos em Santa Cruz (ilha de Santiago), três casos na ilha Boavista e dois casos em São Miguel (ilha de Santiago), adiantam ainda as autoridades de saúde.

Até dezembro, os serviços de saúde registavam em média 400 a 500 casos semanais de infeções, tendo havido semanas em que foram registados perto de 800 casos/semana.

De acordo com o ministério, a transmissão do vírus está agora a ocorrer especificamente nas ilhas de Santiago e Fogo e, pela segunda semana consecutiva, não se registaram casos na ilha do Maio.

Não foram registados casos de transmissão local nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau, São Vicente, Brava e Sal.

As autoridades de saúde não têm registos de complicações associadas ao vírus nem casos de desordem neurológica.

O Ministério da Saúde assegurou que se mantém o "reforço da luta contra o mosquito transmissor do Zika" e renovou os apelos à população para reforçar as medidas de proteção individual para evitar a picada do mosquito, nomeadamente com a colocação de redes nas janelas, fumigação das casas, uso de repelente, entre outras.

Apelou ainda para a adoção de medidas para o correto armazenamento de água para evitar o surgimento de viveiros do mosquito aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, febre-amarela e chykungunya.