Segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o número de mortes por dengue no ano passado ultrapassou as 986 de 2015, até agora o mais elevado, quando o gigante latino-americano sofreu a pior epidemia pelo vírus transmitido pelo mosquito ‘Aedes aegypti’.
O número de mortes em 2022 pode ser ainda maior, uma vez que as autoridades ainda aguardam os resultados dos testes laboratoriais em amostras de outras 109 pessoas suspeitas de terem morrido da doença.
De acordo com o anterior boletim, o número de infeções saltou 162,5% no ano passado, de 544.000 em 2021 para 1.450.270 em 2022, o equivalente a uma taxa de incidência de 678,9 casos por 100.000 habitantes.
O Ministério da Saúde já tinha avisado no final do ano passado sobre o surgimento de uma nova epidemia de dengue em 2022, que se propagou por todo o país e que poderá agravar-se nos primeiros meses de 2023, em pleno Verão e num período em que as chuvas facilitam a propagação de locais de reprodução de mosquitos.
A nova epidemia também afetou regiões tradicionalmente mais frias, principalmente no sul do Brasil, onde a proliferação de ‘Aedes aegypti’ não é tão comum.
A região sul do Brasil teve a segunda maior incidência de infeção no ano passado, com 1.050,5 casos por 100.000 habitantes, atrás apenas da região centro-oeste, com 2.086,9 casos por 100.000 habitantes.
Embora ainda não exista uma vacina para prevenir a dengue, um imunizador desenvolvido pelo Instituto Butantan em São Paulo, uma das mais prestigiadas instituições de investigação médica do país, alcançou uma eficácia média de 79,6% na fase três dos ensaios clínicos.
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