Cerca de 1.300 utentes da Extensão de Saúde de Oliveirinha, Aveiro, estão sem médico de família, após a aposentação de uma das médicas que asseguravam o atendimento no local, admitiu a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.
A situação desencadeou-se em julho naquela extensão de saúde - que serve cerca de 3.500 utentes e tinha ao seu serviço duas médicas - e levou já o Bloco de Esquerda a questionar o Governo sobre o caso.
Contactada pela agência Lusa, a ARS do Centro informou que se prevê, a curto prazo, a colocação de um clínico de Medicina Geral e Familiar naquela unidade de saúde, após a homologação das listas de classificação final do processo de recrutamento de médicos em curso.
Segundo fonte da ARS, os utentes sem médico de família podem aceder, em caso de necessidade, a uma consulta de reforço que funciona no Centro de Saúde de Aveiro entre as 14:00 e as 18:00.
O Bloco de Esquerda, que alertou na segunda-feira para a falta de médicos de família na Extensão de Saúde de Oliveirinha, responsabilizou os últimos governos pela situação.
“A política de saúde seguida pelos sucessivos governos nos últimos anos levou a uma situação clara de falta de médicos, da qual esta situação é mais um sintoma”, lê-se num requerimento entregue na Assembleia da República pelo deputado do BE, Pedro Filipe Soares.
Para o deputado eleito pelo Círculo de Aveiro, a resolução destes problemas “só será alcançável com uma mudança nas políticas para a saúde que sejam orientadas para um serviço público de qualidade”.
No documento dirigido ao Ministério da Saúde, Pedro Filipe Soares considera o caso de Oliveirinha “uma urgência que deve ser prontamente resolvida” e questiona o Governo sobre as medidas para resolver o problema e minorar os transtornos causados à população afetada.
O deputado bloquista quer saber também que medidas irá o Governo levar a cabo para suprir a recorrente falta de médicos de família.
02 de agosto de 2011
Fonte: Lusa
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