O memorando de colaboração, rubricado pela ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutukuta, e pelo seu homólogo da Zâmbia, Chitalu Chilufya, visa ainda a criação de programas comuns de educação para a saúde, através de campanhas de sensibilização nas regiões vizinhas, além de ações de maior controlo no que se refere ao comércio transfronteiriço.

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A Zâmbia, país que faz fronteira com o sul de Angola, sofre uma epidemia de cólera desde outubro de 2017, na região de Ndola, com um saldo de 3.653 casos e 78 mortes, enquanto Angola enfrenta, na província do Uíge, um surto da mesma doença, com um saldo de 567 casos e 11 mortes.

412 mortes por malária só em 2018 em Angola

Na sua intervenção, o ministro da Saúde zambiano lançou como meta o ano de 2021 para erradicar a malária, outra doença endémica em Angola, que este ano já fez 412 mortes de um total de 156.420 casos.

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Segundo Chitalu Chilufya, são importantes os investimentos em infraestruturas, nomeadamente a captação, tratamento e distribuição de água potável e a melhoria do saneamento básico, para a promoção da saúde da população.

Por sua vez, a ministra angolana da Saúde realçou a prevenção como o principal "antídoto" contra as doenças, elogiando a experiência zambiana no combate larval e vetorial, que também deverão ser amplamente disseminados em regiões potencialmente endémicas em Angola.

Antes da assinatura do acordo foi passada em revista a situação epidemiológica dos dois países, tendo a cólera e a malária sido apontados como casos de estudo.

Os dois países, que partilham mais de mil quilómetros de fronteira, são afetados por persistentes surtos de cólera e malária em regiões específicas de ambos os países.