A ministra da Saúde avisa os hospitais que é preciso controlar o número de fraldas fornecidas por doente, mas assegura que as instituições têm verbas para dar aos utentes o que é essencial.

“Muitas vezes as fraldas têm asas e desaparecem, como outros produtos do hospital. Tem de haver um controlo do número de fraldas fornecidas. É preciso gerir muito bem o número de fraldas que se gastam num serviço, quer para crianças, quer para adultos”, comentou Ana Jorge em entrevista à agência Lusa.
 

Para a ministra, neste momento “não há nenhuma razão para que os hospitais não tenham capacidade de gerir e de ter tudo o que é essencial para o doente com as verbas que têm”.

Nos últimos dias têm sido noticiados casos de hospitais com falta de material e que pedem aos doentes para levar de casa fraldas, leite ou outros materiais, mas a ministra diz desconhecer esta falta de meios e quais os hospitais que estão a fazer estes pedidos.

Em relação a produtos descartáveis, como as fraldas, Ana Jorge pede a todos - profissionais de saúde e cidadãos -  para se lembrarem de que os produtos usados nos hospitais saem dos impostos comuns.

Sobre a campanha lançada pela Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, a ministra reiterou que não há justificação para um pedido de donativos aos utentes e familiares para ajudar nas despesas.

“Todas as instituições de saúde têm comparticipação da sociedade civil, das fundações. Mas não propriamente para o funcionamento e gestão do dia a dia”, afirmou à Lusa.

21 de abril de 2011

Fonte: LUSA/SAPO