24 de junho de 2013 - 14h36
A Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) garantiu hoje que a água que distribui para cerca de três milhões de pessoas de 35 municípios da margem norte do rio Tejo não apresenta vestígios de contaminação de produtos farmacêuticos.
Maria João Benoliel, diretora de Controlo de Qualidade da Água da empresa, disse hoje à agência Lusa que a água distribuída aos consumidores é "segura e de qualidade".
A responsável falava à margem do seminário internacional "Fármacos no Ambiente: visão global e futuro", promovido pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, que durante o dia de hoje debate a procura de soluções integradas para minimização de riscos ambientais dos medicamentos consumidos.
"Nós cumprimos aquilo que a legislação nacional nos obriga e tentamos estar sempre um passo à frente, monitorizando os compostos que a nível comunitário e internacional, principalmente da Organização Mundial de Saúde, são aconselhados", disse Maria João Benoliel.
Segundo a técnica da EPAL, "na água de consumo humano não temos detetado nada" de resíduos farmacêuticos.
"Nos dois pontos de captação superficial, na Barragem de Castelo de Bode e em Valada, no rio Tejo, encontramos valores residuais muito baixos. Detetamos a presença, mas sem preocupação", sublinhou.
De acordo com a diretora do Controlo de Qualidade da Água da EPAL, "estamos a fazer a identificação de 20/30 fármacos e encontramos valores residuais muito, muito baixos, que nem são quantificáveis".
O seminário internacional "Fármacos no Ambiente: visão global e futuro" tem como objetivo debater o atual estado da ciência na área da ecofarmacovigilância e criar uma rede de trabalho para minimizar o efeito do risco ambiental do medicamento.
Participam na iniciativa especialistas das diversas áreas de atuação, academia, empresas e entidades ligadas ao setor do medicamento, do ambiente e gestores de redes de água.
Lusa