Fonte da assessoria do Hospital Garcia de Orta adiantou à agência Lusa que “estão a ser feitas negociações por parte da administração para encontrar soluções que ainda hoje vão ser anunciadas, provavelmente ao final do dia”.

Ossete chefes da equipa do serviço de urgência justificaram a demissão em bloco com a degradação das condições de trabalho e também com a excessiva lotação de doentes internados.

Segundo a administração do hospital, já estão a ser tomadas medidas para “fazer face ao aumento nos internamentos”, assim como outras iniciativas que "serão anunciadas hoje”.

Questionada pela Lusa sobre se a demissão dos médicos vai afetar o funcionamento dos serviços de urgência, a fonte da assessoria explicou que a administração hospitalar compreende as necessidades dos médicos e que “serão tomadas medidas imediatas para resolver a situação”.

A fonte admitiu a possibilidade de os médicos poderem vir a recuar no pedido de demissão, tendo em conta as medidas que vão ser tomadas.

“Não haveria [recuo no pedido de demissão] se as condições difíceis não fossem reversíveis, mas as condições são reversíveis”, salientou a fonte, lembrando que a situação do aumento do número dos doentes é generalizada em todos os hospitais.

“Estas dificuldades neste hospital não são exceção. Há medidas que vão ser tomadas para resolver a situação”, concluiu a fonte da administração do Garcia de Orta contactada pela Lusa.