Na audição que hoje decorre na Comissão Parlamentar de Saúde, Marta Temido explicou que o país tem 9.094 camas de resposta em cuidados continuados (de curta, média e longa duração), 5.647 lugares em equipas comunitárias, 37 respostas de cuidados continuados pediátricos e mais de 200 respostas de saúde mental.
Respondendo a questões colocadas pela deputada do CDS Ana Rita Bessa, a ministra reconheceu que o país está longe da meta das 15.000 camas na rede geral e que a meta para este ano era de 800 novas camas.
Marta Temido referiu ainda que foram emitidas autorizações de despesa este ano para 464 e 107 camas, com valores de 202 milhões e 181 milhões de euros, respetivamente, sublinhando que em 2019 este valor se ficou pelos 161 milhões de euros.
“Há necessidade de revisão preços e uma ampla convergência no sentido de que essa revisão tem de passar por um apuramento de custos em muito curto espaço de tempo”, afirmou.
A governante disse também que o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho e Segurança Social têm estado a trabalhar na abertura das primeiras 10 unidades de dia com promoção de autonomia e “no rápido encaminhamento dos casos sociais, que perturbam os hospitais”, sinalizando os casos que precisam de resposta alternativa junto da Segurança Social.
Sobre a área da Saúde Mental, a ministra disse que os serviços estão a trabalhar nos projetos para instalar o internamento de psiquiatria nos quatro hospitais que não têm e lembrou as respostas conseguidas nesta área durante a pandemia de covid-19.
“Houve um conjunto respostas de proximidade na pandemia e isso permitiu que fosse uma das áreas onde a atividade [assistencial] acabou por aumentar e não sofreu decréscimo”, afirmou.
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