Até meados de agosto, era praticamente impossível de encontrar uma garrafa de Aperol Spritz, um dos ingredientes essenciais do spritz, nos principais hipermercados portugueses, mas a procura acabou por obrigar os retalhistas a reforçar a sua importação. Em Lisboa, no Porto e no Algarve, nos últimos meses, o número de bares a incluir este cocktail de cor alaranjada e travo amargo nas suas listas também aumentou. Na capital, além do restaurante, café e bar Atalho Real no espaço comercial Embaixada no Príncipe Real, pode saboreá-lo, entre outros, na Pizzeria Mezzogiorno no Chiado, no Rooftop Bar do Hotel Mundial e até no Mercado de Fusão no Martim Moniz.

Em Paris, há já cinco verões consecutivos que os copos cor de laranja decoram as mesas das principais esplanadas, à semelhança do que sucede em muitas terrazzas de Itália, sobretudo na região de Veneza. Para muitos, ávidos de etiquetas e de comparações, o spritz é já considerado o novo mojito, uma das bebidas preferidas dos consumidores habituais de cocktails. «Tornou-se no aperitivo inelutável», escreveu mesmo Lucile Escourrou, jornalista da revista Madame Figaro, numa das suas crónicas.

Além de Aperol Spritz, a bebida alcoólica alaranjada fabricada à base de laranja amarga e de ruibarbo que lhe dá a cor, o spriz leva também soda e Prosecco, um vinho branco gaseificado italiano. Em Portugal, para já, ainda está maioritariamente disponível na sua versão tradicional mas, noutros países, o spritz aromatizado com flores, sobretudo rosa e lavanda, também tem vindo a fazer furor.

«Aqui, em cada três cocktails pedidos, dois já são spritz», assegura Victor Lugger, um dos fundadores do East Mamma, uma trattoria francesa de inspiração italiana, em Paris. O passa-palavra, além do fenómeno moda, também tem ajudado a promover a bebida. «Antes de 2020, estamos convencidos que o spritz fará parte do top 3 mundial de cocktails», afirmou já publicamente Stéphane Cronier, um dos diretores da empresa que distribui o Aperol Spritz em França.

Texto: Luis Batista Gonçalves