Foram 24 os chefs que, na semana passada, estiverem presentes em Lyon para a final do Bocuse D’or que, há 30 anos elege o que de melhor se faz nas artes culinárias. Mas desengane-se quem acha que se trata de uma competição com as outras. Segundo o site do Bocuse D’or, o processo de qualificação estende-se por 18 meses, onde 62 países são postos à prova numa série de eventos e qualificações individuais onde só serão apurados os melhores dos melhores. Não é à toa que é descrita como a competição gastronómica mais prestigiada do mundo.

“Eu penso que esta competição é um evento que mostra aquilo que se passa em cada país”, explica o presidente do Bocuse D’or, Jérôme Bocuse, num dos vídeos promocionais do concurso que este ano se realizou em Lyon, França. “Mais uma vez, acredito que a competição Bocuse D’or reflete as tendências atuais, aquilo que se passa mundo.”

Durante dois dias de competição intensiva, os finalistas e as respetivas equipas tem de passar por dois testes gastronómicos: o tema em bandeja e o tema em prato. O primeiro consiste na preparação de uma receita temática que deverá incluir um dos ingredientes impostos pela organização do concurso - carne de qualidade ou peixe fresco - devidamente apresentados à la française numa bandeja. O segundo destaca-se por confecionar uma reinterpretação de um determinado tema num prato.

Tendo em conta que este ano se assinalavam os 30 anos do Bocuse D’or, a organização desafiou os concorrentes a criarem a sua versão do clássico francês 'Bresse chicken and shellfish’ numa bandeja, proposto na primeira edição do concurso em 1987. Para além disso, os 24 finalistas tiveram de dar largas à sua imaginação e criar uma receita 100% vegetal - que podia ser quente ou fria - para a prova do tema em prato.

Outras das particularidades do concurso é o facto de os concorrentes terem de realizar as duas provas em contra-relógio: cinco horas e 35 minutos. Após darem o seu melhor, os pratos são avaliados por um painel de 24 jurados onde vão ser tidos em conta critérios como sabor, estética e criatividade. Os vencedores são apurados com base nos pontos atribuídos pelo juri aos pratos confecionados durante a competição.

Este ano, o troféu Bocuse D’or coube ao chef Matthew Peters (EUA) que também ganhou 20 mil euros. O segundo e terceiro lugar foram atribuídos a William Davidsen (Noruega) e Viktor Andrésson (Islândia) respetivamente.