"A Mukzin deve ser a única marca chinesa que será vista na Semana da Moda de Nova Iorque", disse uma locutora antes de apresentar a coleção outono-inverno 2020 da estilista Kate Han.
A mulher referiu-se ao vírus que já matou mais de 560 pessoas e dispara o alarme mundial enquanto se expande pelo mundo como "um desastre e uma história triste, triste".
"Não estamos aqui somente para apresentar as geniais vestimentas, mas também estamos a mostrar aos chineses e às pessoas do mundo todo que temos vontade, força e amor em todas as dificuldades e adversidades", acrescentou.
No desfile de Han, que mostrou peças com influências tradicionais chinesas e um toque moderno, havia filas de bancos inteiras vazias, uma raridade na Semana da Moda nova-iorquina (NYFW).
Por causa do coronavírus, há dúvidas em torno da participação de criadores, compradores para grandes lojas e jornalistas chineses no evento.
A marca chinesa Sheguang assegurou que o seu desfile em Nova Iorque acontecerá conforme o previsto, e o Conselho de Estilistas dos Estados Unidos (CFDA, na sigla em inglês), que ajuda a organizar a NYFW, informou que não tem conhecimento de eventuais cancelamentos.
Para a semana da moda de Milão, entre os dias 18 e 24 de fevereiro, as marcas chinesas Angela Chen, Ricostru e Hui anunciaram a sua ausência devido ao coronavírus. O encerramento de fábricas impediu que terminassem a tempo as suas coleções.
Cerca de 1.000 compradores chineses, jornalistas, estilistas e outros profissionais vinculados à indústria da moda perderão o evento, segundo funcionários italianos.
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