A marca italiana Dolce & Gabbana desenvolveu uma coleção exclusiva de abayas e hijabs pensada para mulheres muçulmanas. Cores neutras e tecidos finos e leves com sobreposições, como georgette, renda e cetim charmeuse caracterizam grande parte das peças, enquanto que outras, mais ousadas, apresentam pormenores exuberantes como laços ou padrões com margaridas, grandes rosas e bolinhas, captando o espírito siciliano da casa e fazendo referência à própria coleção primavera/verão 2016 da dupla.

«Sou fascinado pelo Médio Oriente», justifica Stefano Gabbana, um dos criadores. O mercado muçulmano tem sido, nos últimos anos de grande interesse para as marcas de luxo, sobretudo na altura do Ramadão. Designers e etiquetas como a Tommy Hilfiger, a Uniqlo, a Mango e a DKNY lançaram, também, o ano passado, coleções-cápsula dedicadas ao tema. A estilista Monique Lhuillier criou, mesmo, uma linha de caftans.

Uma aposta com tendência a crescer já que, segundo um relatório da Thomson Reuters, o consumo de vestuário e calçado por parte do mercado muçulmano tem vindo a aumentar ao longo dos anos, devendo atingir um volume de negócios na casa dos 484.000 milhões de dólares de dólares, cerca de 450.440 mil milhões de euros, em 2019.

Texto: Eva Falcão com Dolce & Gabbana e Style.com/Arabia (fotografia)