As primeiras modelos desfilaram com máscaras em forma de borboletas e aranhas pelo meio de um labirinto de vegetação, durante o desfile de alta costura primavera/verão 2017 da Dior.

Os vestidos eram longos, ajustados na cintura e as modelos caminhavam junto a uma árvore mágica de onde retiravam cartas de tarot (um toque da superstição lendária do fundador Christian Dior).

O desfile, realizado no jardim do Museu Rodin, exibiu símbolos de astrologia bordados em vestidos tipo bustier. Um deles, com franjas e flores bordadas a ráfia, precisou de 1.900 horas de trabalho.

Para complementar os vestidos de baile, o estilista britânico Stephen Jones criou coroas de flores e plumas usados durante a apresentação da coleção.

Nos pés das modelos, sapatos rasos adornados com grande laços: "A costura tem algo mágico, mas ao mesmo tempo tem que poder ser usada", disse à Agência France-Presse Maria Grazia Chiuri, que no ano passado substituiu Raf Simons.

A ex-diretora artística da Valentino, e primeira mulher a ocupar este cargo na Dior, multiplicou as referências ao criador da marca, que este ano comemora 70 anos de história. Mas também deu o seu toque pessoal com a feminilidade refinada.

A designer começou a trabalhar para a Dior em setembro do ano passado com uma coleção prêt-à-porter combativa, em torno da frase "todos devemos ser feministas".

"Fico feliz de ver que os homens e as mulheres consideram importante falar da igualdade de direitos, porque chegámos a pensar, de forma equivocada, que era algo adquirido", disse.

A Semana de Alta Costura primavera/verão começou no domingo (22) e vai prolongar-se até quinta-feira (26).