30 anos de carreira. 30 identidades. 30 peças.
Neste terceiro e último dia, Júlio Torcato surpreendeu tudo e todos com uma coleção inspiradora. Trinta pessoas que marcaram momentos nestes trinta anos, foram convidadas para intervir numa peça com liberdade total, transformando-a e interpretando-a sem regras. O resultado foi um desfile dinâmico, repleto de arte e liberdade de expressão. Caras conhecidas no mundo da moda e não só, como: Mariama, os irmãos Guedes, Vera Deus, Zé Manel, Isabel Branco, Miguel Flor e entre outros, deram voz a peças cheias de personalidade.
Nesta manhã de sábado, Marques'Almeida abre a passerelle, depois de dar cartas em semanas de moda internacionais, com uma coleção que reflete as suas origens, de forma a celebrar a individualidade no seio de uma comunidade de amigos e familiares. Numa fusão de elementos culturais e tendências, esta nova coleção alia peças descontraídas a peças statement, com um toque cool e moderno.
Logo depois foi a vez de Katty Xiomara pisar a passerelle com a coleção 'BeBold', onde explorou todos os detalhes característicos da marca: estampados vibrantes, contrastes de cor, aplicações e bordados, mas também os volumes, que são ondulados, mas também retilíneos. A inspiração recaiu sobre 3 mulheres diferentes e na sua diversidade enquanto mulher, e como a forma do seu corpo pode influenciar no momento de escolher o que vestir.
Já Nuno Baltazar, surpreendeu com uma ação solidária, ao vestir a 'Maria' e o 'Pedro' da Fundação Infantil Ronald MacDonald. Uma ação solidária promovida pela ANJE. Mas, o criador não se ficou só pelos bonecos. A sua coleção para homem e mulher aposta em tons térreos e dourados, não ficando de parte algumas transparências, pretos e animal print.
Mais tarde, foi a vez de Storytailors apresentarem a sua nova coleção 222 que celebra a equação arte + artesanato + tecnologia e evolui naturalmente a partir da colecção 111. Surgindo sob o mote da liberdade criativa e interpretativa de emoções, de expressão e de partilha.
Meam, trouxe também a festa ao Portugal Fashion, com a sua coleção 'Romaria', uma festa de cor, textura e tradição.. A explosão de cores dos batik’s confundiu-se com as cores do fogo de artifício das romarias de verão e o xadrez e as riscas masculinas assumiram-se numa identidade feminina nas formas e nas cores.
O por do sol chegou mais cedo com a coleção de Concreto para a próxima primavera/verão, onde os tons quentes se fundiram com os efeitos metalizados em filamentos de ouro numa gama de cores eleita para um perfeito sunset.
De seguida, seis marcas de calçado e acessórios (Ambitious, Fly London, J. Reinaldo, Nobrand, Rufel e The Baron's Cage) surgiram na passerelle num desfile coletivo, onde mostraram o que de melhor o setor produz e exporta.
Mais uma vez, Pé de Chumbo espalhou magia com uma coleção romântica e contemporânea com forte inspiração no desenho das tradicionais palhinhas usadas no mobiliário português. Esta coleção veio dar cor e forma ao estilo contemporâneo, onde as texturas encorpadas criaram volumetrias suaves e românticas com brilho de lantejoulas e franjas.
Um dos desfiles mais esperados deste último dia era o de Luís Buchinho, que se inspirou nas gravuras Gyotaku, para a sua nova coleção. As saias com estampados Gyotaku, calças de cintura alta com riscas em cores contrastantes e molas de pressão nas carcelas laterais e vestidos de Jersey foram combinados com tops plissados e cintos de formas onduladas, que deram ênfase a efeitos gráficos.
Mais tarde, Alves Gonçalves apresentam uma coleção com um novo rumo - mudança. Novos conceitos, nova geração, elegância e muita atitude são as características principais da mesma. Volumetrias, folhos, brilhos, metalizados, transparências, padrões e texturas, prints de inspiração nipónica, tecidos manipulados, plissados em várias vertentes técnicas. 'Foils' inusitados que acrescentam emotividade e feminilidade.
Antes do grande desfecho da noite, Luís Onofre apresentou a coleção de primavera/verão 2019, inspirada na ideia de objeto de prestígio, que tem tanto de natural como de sagrado. Surgiu uma coleção que também viaja até à iconografia do Velho Oeste, para que a identidade de cada sapato resulte numa multiplicidade de referências que compõem um equilíbrio. O vermelho foi a cor de eleição, sobretudo quando dá poder aos stilettos ultra finos, saídos dos anos 80. Na parte masculina, criou uma coleção de continuidade que privilegia o conforto como valor essencial. Composta por modelos que cruzaram o espírito desportivo com elementos clássicos para reinventar a intemporalidade.
Recorde tudo o que se passou nesta edição, aqui.
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