Os investigadores notaram que um quarto dos voluntários que apresentava maior índice de massa corporal (IMC) tinha duas vezes maior taxa de morte por causas naturais antes dos 55 anos do que o grupo de menor IMC.
Entre essas causas, os especialistas consideraram doença hepática alcoólica, doença cardiovascular, infecções, cancro, diabetes e overdose de drogas.
Além da influência directa da obesidade infantil nos riscos de morte prematura, a pesquisa indicou que a intolerância à glicose - factor de risco para a diabetes - e a pressão alta na infância também cumprem um papel neste sentido.
As taxas de morte foram 73% maiores entre o grupo de maior intolerância à glicose e 1,5 vezes maior entre aqueles que apresentavam pressão alta.
O pediatra Marc Jacobson, da Academia Americana de Pediatria, destaca que o novo estudo é oportuno e importante, visto que mais de um sexto das crianças americanas estão obesas.
Seguindo as directrizes da Academia, o especialista recomenda a medida do índice de massa corporal em todas as crianças, e uma abordagem no estilo de vida daquelas que se apresentam obesas. Para a prevenção, os pais podem usar o chamado «5210» - cinco porções diárias de frutas e vegetais, duas horas ou menos de TV por dia, uma hora de exercícios e nenhuma, ou pouquíssimas, bebidas açucaradas. 17.02.2010